Aumenta otimismo do setor da construção com a reforma da previdência
Os empresários da indústria da construção estão mais otimistas com a expectativa de crescimento do setor no cenário futuro. É o que revela a Sondagem Indústria da Construção de junho, divulgada nesta sexta-feira (26/07) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Esse movimento foi observado em todos os índices de expectativa da pesquisa:
- Nível de atividade (56,4%)
- Novos empreendimentos e serviços (56,4%)
- Compra de insumos e matérias-primas (55,1%)
- Número de Empregados (54,6%)
Para o presidente da CBIC, José Carlos Martins, “essa expectativa de crescimento é resultado da confiança dos empresários de que a reforma da previdência será aprovada em segundo turno”, o que muda o cenário de investimento no país, acelerando, inclusive, a geração de novos postos de trabalho no setor. Importante lembrar que, em 2014, a construção civil empregava 3,4 milhões pessoas. Hoje, o setor emprega 2 milhões de trabalhadores.
Índices de Confiança
Segundo a Sondagem Indústria da Construção, o Índice de Confiança do Empresário da Construção (ICEI-Construção) voltou a crescer pelo segundo mês consecutivo, após uma sequência de quedas iniciada em fevereiro. O índice acumula alta de 2,9 pontos nos últimos dois meses, revertendo parcialmente a queda de 7,9 pontos registrada entre fevereiro e maio/2019.
O Índice de Confiança da Construção (ICST), da Fundação Getulio Vargas, também divulgado nesta sexta-feira, subiu 2,6 pontos em julho, para 85,4 pontos, voltando ao nível observado em dezembro de 2018 (85,4 pontos). Em médias móveis trimestrais, o ICST avançou 1,0 ponto.
“O segundo semestre inicia com alta da confiança, a segunda consecutiva, refletindo uma melhora no ambiente de negócios corrente e expectativas de curto prazo mais favoráveis. A iminência de aprovação da reforma da Previdência e a retomada das obras do Programa Minha Casa Minha Vida certamente contribuíram para a melhora do cenário nesses dois últimos meses. No entanto, se a adoção de uma política para incentivar o consumo comprometer a fonte de financiamento do programa habitacional, não haverá sustentação nessa melhora a médio e longo prazo”, destaca a coordenadora de Projetos da Construção da FGV IBRE, Ana Castelo.
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