quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

O choque elétrico é um estímulo rápido no corpo humano


CHOQUE ELÉTRICO 

Efeitos do Choque Elétrico no Corpo Humano

O choque elétrico é um estímulo rápido no corpo humano, ocasionado pela passagem da corrente elétrica. Essa corrente circulará pelo corpo onde ele tornar-se
parte do circuito elétrico, onde há uma diferença de potencial suficiente para vencer a resistência elétrica oferecida pelo corpo.
Embora tenhamos dito, no parágrafo acima, que o circuito elétrico deva apresentar uma diferença de potencial capaz de vencer a resistência elétrica oferecida pelo corpo humano, o que determina a gravidade do choque elétrico é a
intensidade da corrente circulante pelo corpo.
O caminho percorrido pela corrente elétrica no corpo humano é outro fator que
determina a gravidade do choque, sendo os choques elétricos de maior gravidade aqueles em que a corrente elétrica passa pelo coração.

Efeitos 

O choque elétrico pode ocasionar contrações violentas dos músculos, a fibrila-
ção ventricular do coração, lesões térmicas e não térmicas, podendo levar a óbito como efeito indireto as quedas e batidas, etc.
A morte por asfixia ocorrerá, se a intensidade da corrente elétrica for de valor
elevado, normalmente acima de 30 mA e circular por um período de tempo relativamente pequeno, normalmente por alguns minutos. Daí a necessidade de
uma ação rápida, no sentido de interromper a passagem da corrente elétrica
pelo corpo. A morte por asfixia advém do fato do diafragma da respiração se
contrair tetanicamente, cessando assim, a respiração. Se não for aplicada a
respiração artificial dentro de um intervalo de tempo inferior a três minutos, ocorrerá sérias lesões cerebrais e possível morte.
A fibrilação ventricular do coração ocorrerá se houver intensidades de corrente
da ordem de 15mA que circulem por períodos de tempo superiores a um quarto
de segundo. A fibrilação ventricular é a contração disritimada do coração que,
não possibilitando desta forma a circulação do sangue pelo corpo, resulta na
falta de oxigênio nos tecidos do corpo e no cérebro. O coração raramente se recupera por si só da fibrilação ventricular. No entanto, se aplicarmos um desfribilador, a fibrilação pode ser interrompida e o ritmo normal do coração pode ser
restabelecido. Não possuindo tal aparelho, a aplicação da massagem cardíaca
permitirá que o sangue circule pelo corpo, dando tempo para que se providencie o desfribilador, na ausência do desfribilador deve ser aplicada a técnica de
massagem cardíaca até que a vítima receba socorro especializado.
Além da ocorrência destes efeitos, podemos ter queimaduras tanto superficiais,
na pele, como profundas, inclusive nos órgãos internos.
Por último, o choque elétrico poderá causar simples contrações musculares
que, muito embora não acarretem de uma forma direta lesões, fatais ou não,
como vimos nos parágrafos anteriores, poderão originá-las, contudo, de uma
maneira indireta: a contração do músculo poderá levar a pessoa a, involuntariamente, chocar-se com alguma superfície, sofrendo, assim, contusões, ou
mesmo, uma queda, quando a vitima estiver em local elevado. Uma grande
parcela dos acidentes por choque elétrico conduz a lesões provenientes de batidas e quedas.  20 - COMISSÃO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAÇÃO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP

Fatores determinantes da gravidade 


Analisaremos, a seguir, os seguintes fatores que determinam a gravidade do
choque elétrico:
•  percurso da corrente elétrica;
•  características da corrente elétrica;
•  resistência elétrica do corpo humano.

Percurso da corrente elétrica 


Tem grande influência na gravidade do choque elétrico o percurso seguido pela
corrente no corpo. A figura abaixo demonstra os caminhos que podem ser percorridos pela corrente no corpo humano.

Características da corrente elétrica 


Outros fatores que determinam a gravidade do choque elétrico são as características da corrente elétrica. Nos parágrafos anteriores vimos que a intensidade
da corrente era um fator determinante na gravidade da lesão por choque elétrico; no entanto, observa-se que, para a Corrente Contínua (CC), as intensidades
da corrente deverão ser mais elevadas para ocasionar as sensações do choque
elétrico, a fibrilação ventricular e a morte. No caso da fibrilação ventricular, esta
só ocorrerá se a corrente continua for aplicada durante um instante curto e especifico do ciclo cardíaco.
As correntes alternadas de freqüência entre 20 e 100 Hertz são as que oferecem maior risco. Especificamente as de 60 Hertz, usadas nos sistemas de fornecimento de energia elétrica, são especialmente perigosas, uma vez que elas
se situam próximas à freqüência na qual a possibilidade de ocorrência da fibrilação ventricular é maior.
Ocorrem também diferenças nos valores da intensidade da corrente para uma
determinada sensação do choque elétrico, se a vítima for do sexo feminino ou
masculino. A tabela abaixo ilustra o que acabamos de dizer.
Efeitos  Corrente elétrica (mA)- 60Hz
Homens  Mulheres
Limiar de percepção.  1,1  0,7
Choque não doloroso, sem perda do controle muscular.  1,8  1,2
Choque doloroso, limiar de largar.  16,0  10,5
Choque doloroso e grave contrações musculares, dificuldade de respiração.
23,0  15,0
Diferenças de sensações para pessoas do sexo feminino e masculino.  COMISSÃO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAÇÃO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP - 21

Resistência elétrica do corpo humano 

A intensidade da corrente que circulará pelo corpo da vítima dependerá, em muito,
da resistência elétrica que esta oferecer à passagem da corrente, e também de
qualquer outra resistência adicional entre a vítima e a terra. A resistência que o
corpo humano oferece à passagem da corrente é quase que exclusivamente devida
à camada externa da pele, a qual é constituída de células mortas. Esta resistência
está situada entre 100.000 e 600.000 ohms, quando a pele encontra-se seca e
não apresenta cortes, e a variação apresentada é função da sua espessura.
Quando a pele encontra-se úmida, condição mais facilmente encontrada na prática,
a resistência elétrica do corpo diminui. Cortes também oferecem uma baixa resistência. Pelo mesmo motivo, ambientes que contenham muita umidade fazem com que
a pele não ofereça uma elevada resistência elétrica à passagem da corrente.
A pele seca, relativamente difícil de ser encontrado durante a execução do trabalho,
oferece maior resistência a passagem da corrente elétrica. A resistência oferecida
pela parte interna do corpo, constituída, pelo sangue músculos e demais tecidos,
comparativamente à da pele é bem baixa, medindo normalmente 300 ohms em
média e apresentando um valor máximo de 500 ohms.
As diferenças da resistência elétrica apresentadas pela pele à passagem da corrente, ao estar seca ou molhada, podem ser grande, considerando que o contato foi
feito em um ponto do circuito elétrico que apresente uma diferença de potencial de
120 volts.

                    Causas determinantes

Veremos a seguir os meios através dos quais são criadas condições para que
uma pessoa venha a sofrer um choque elétrico.

Contato com um condutor nu energizado 

Uma das causas mais comuns desses acidentes é o contato com condutores aé-
reos energizados. Normalmente o que ocorre é que equipamentos tais como guindastes, caminhões basculantes tocam nos condutores, tornando-se parte do
circuito elétrico; ao serem tocados por uma pessoa localizada fora dos mesmos, ou
mesmo pelo motorista, se este, ao sair do veículo, mantiver contato simultâneo
com a terra e o mesmo, causam um acidente fatal.
Com freqüência, pessoas sofrem choque elétrico em circuitos com banca de capacitores, os quais, embora desligados do circuito que os alimenta, conservam por
determinado intervalo de tempo sua carga elétrica. Daí a importância de se seguir
as normativas referentes a estes dispositivos.
Grande cuidado deve ser observado, ao desligar-se o primário de transformadores,
nos quais se pretende executar algum serviço. O risco que se corre é que do lado
do secundário pode ter sido ligado algum aparelho, o que poderá induzir no primá-
rio uma tensão elevadíssima. Daí a importância de, ao se desligarem os condutores
do primário de um transformador, estes serem aterrados.  22 - COMISSÃO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAÇÃO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP

Falha na isolação elétrica 


Os condutores quer sejam empregados isoladamente, como nas instalações elétricas, quer como partes de equipamentos, são usualmente recobertos por uma película isolante. No entanto, a deterioração por agentes agressivos, o envelhecimento natural ou forçado ou mesmo o uso inadequado do equipamento podem comprometer a eficácia da película, como isolante elétrico.
Veremos, a seguir, os vários meios pelos quais o isolamento elétrico pode ficar
comprometido:

Calor e Temperaturas Elevadas 


A circulação da corrente em um condutor sempre gera calor e, por conseguinte, aumento da temperatura do mesmo. Este aumento pode causar a ruptura de alguns polímeros, de que são feitos alguns materiais isolantes, dos condutores elétricos.

Umidade 


Alguns materiais isolantes que revestem condutores absolvem umidade, como é o caso do nylon. Isto faz com que a resistência isolante do material diminua.

Oxidação 

Esta pode ser atribuída à presença de oxigênio, ozônio ou outros oxidantes na
atmosfera. O ozônio torna-se um problema especial em ambientes fechados,
nos quais operem motores, geradores. Estes produzem em seu funcionamento
arcos elétricos, que por sua vez geram o ozônio. O ozônio é o oxigênio em sua
forma mais instável e reativa. Embora esteja presente na atmosfera em um grau
muito menor do que o oxigênio, por suas características, ele cria muito maior
dano ao isolamento do que aquele.

Radiação 

As radiações ultravioleta têm a capacidade de degradar as propriedades do isolamento, especialmente de polímeros. Os processos fotoquímicos iniciados pela
radiação solar provocam a ruptura de polímeros, tais como, o cloreto de vinila,
a borracha sintética e natural, a partir dos quais o cloreto de hidrogênio é produzido. Esta substância causa, então, reações e rupturas adicionais, comprometendo, desta forma, as propriedades físicas e elétricas do isolamento.

Produtos Químicos 

Os materiais normalmente utilizados como isolantes elétricos degradam-se na
presença de substâncias como ácidos, lubrificantes e sais.

Desgaste Mecânico 

As grandes causas de danos mecânicos ao isolamento elétrico são a abrasão, o
corte, a flexão e torção do recobrimento dos condutores. O corte do isolamento
dá-se quando o condutor é puxado através de uma superfície cortante. A abrasão tanto pode ser devida à puxada de condutores por sobre superfícies abrasivas, por orifícios por demais pequenos, quanto à sua colocação em superfícies
que vibrem, as quais consomem o isolamento do condutor. As linhas de pipas
com cerol (material cortante) também agridem o isolamento dos condutores.  COMISSÃO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAÇÃO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP - 23

Fatores Biológicos 

Roedores e insetos podem comer os materiais orgânicos de que são constituí-
dos os isolamentos elétricos, comprometendo a isolação dos condutores. Outra
forma de degradação das características do isolamento elétrico é a presença de
fungos, que se desenvolvem na presença da umidade.

Altas Tensões 

Altas tensões podem dar origem à arcos elétricos ou efeitos corona, os quais
criam buracos na isolação ou degradação química, reduzindo, assim, a resistência elétrica do isolamento.

Pressão 

O vácuo pode causar o desprendimento de materiais voláteis dos isolantes orgâ-
nicos, causando vazios internos e conseqüente variação nas suas dimensões,
perda de peso e conseqüentemente, redução de sua resistividade.

QUEIMADURAS 

A corrente elétrica atinge o organismo através do revestimento cutâneo. Por esse motivo, as vitimas de acidente com eletricidade apresentam, na maioria dos casos queimaduras.
Devido à alta resistência da pele, a passagem de corrente elétrica produz alterações estruturais conhecidas como “marcas de corrente”.
As características, portanto, das queimaduras provocadas pela eletricidade diferem daquelas causadas por efeitos químicos, térmicos e biológicos.
Em relação às queimaduras por efeito térmico, aquelas causadas pela eletricidade são geralmente menos dolorosas, pois a passagem da corrente poderá
destruir as terminações nervosas. Não significa, porém que sejam menos perigosas, pois elas tendem a progredir em profundidade, mesmo depois de desfeito o contato elétrico ou a descarga.
A passagem de corrente elétrica através de um condutor cria o chamado efeito
joule, ou seja, uma certa quantidade de energia elétrica é transformada em calor.
Essa energia (Watts) varia de acordo com a resistência que o corpo oferece à
passagem da corrente elétrica, com a intensidade da corrente elétrica e com o
tempo de exposição, podendo ser calculada pela expressão:

onde: W-energia dissipada
 R -resistência
 I  -intensidade da corrente
 t  -tempo
É importante destacar que não há necessidade de contato direto da pessoa com
partes energizadas. A passagem da corrente poderá ser devida a uma descarga elé-
trica em caso de proximidade do individuo com partes eletricamente carregadas.  24 - COMISSÃO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAÇÃO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP
A eletricidade pode produzir queimaduras por diversas formas, o que resulta na
seguinte classificação;
•  queimaduras por contato;
•  queimaduras por arco voltaico;
•  queimaduras por radiação (em arcos produzidos por curtos-circuitos);
•  queimaduras por vapor metálico.

Queimaduras por contato 

“Quando se toca uma superfície condutora energizada, as queimaduras podem
ser locais e profundas atingindo até a parte óssea, ou por outro lado muito pequenas, deixando apenas uma pequena “mancha branca na pela”. Em caso de
sobrevir à morte, esse último caso é bastante importante, e deve ser verificado
no exame necrológico, para possibilitar a reconstrução, mais exata possível, do
caminho percorrido pela corrente.

Queimaduras por arco voltaico 

O arco elétrico caracteriza-se pelo fluxo de corrente elétrica através do ar, e geralmente é produzido quando da conexão e desconexão de dispositivos elétricos
e também em caso de curto-circuito, provocando queimaduras de segundo ou
terceiro grau. O arco elétrico possui energia suficiente para queimar as roupas e
provocar incêndios, emitindo vapores de material ionizado e raios ultravioletas.

Queimaduras por vapor metálico 

Na fusão de um elo fusível ou condutor, há a emissão de vapores e derramamento de metais derretidos (em alguns casos prata ou estanho) podendo atingir
as pessoas localizadas nas proximidades.

CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS 

É gerado quando da passagem da corrente elétrica nos meios condutores. O campo eletromagnético está presente em inúmeras atividades humanas, tais como trabalhos com circuitos ou linhas energizadas, solda elétrica, utilização de telefonia celular e fornos de microondas.
Os trabalhadores que interagem com Sistema Elétrico Potência estão expostos ao campo eletromagnético, quando da execução de serviços em linhas de transmissão aérea e subestações de distribuição de energia elétrica, nas quais empregam-se elevados níveis de tensão e corrente.
Os efeitos possíveis no organismo humano decorrente da exposição ao campo eletromagnético são de natureza elétrica e magnética. Onde o empregado fica exposto ao campo onde seu corpo sofre uma indução, estabelecendo um diferencial de potencial entre o empregado e outros objetos inerentes às atividades.
A unidade de medida do campo magnético é o Ampére por Volt, Gaus ou Tesla
cujo símbolo é representado pela letra T.
Cuidados especiais devem ser tomados por trabalhadores ou pessoas que possuem em seu corpo aparelhos eletrônicos, tais como marca passo, aparelhos auditivos, dentre outros, pois seu funcionamento pode ser comprometido na
presença de campos magnéticos intenso.

Fonte: http://www.fundacentro.gov.br/dominios/ctn/anexos/cdNr10/Manuais/M%C3%B3dulo01/444_2%20-%20RISCOS%20EM%20INSTALA%C3%87%C3%95ES%20E%20SERVI%C3%87OS%20EM%20ELETRICIDADE.pdf

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

RECOMENDAÇÃO TÉCNICA DE PROCEDIMENTOS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS TEMPORÁRIAS EM CANTEIROS DE OBRAS



NR 18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DO  TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

Canteiro de obras – Instalações elétricas temporárias – Segurança no trabalho.

INTRODUÇÃO

Na indústria da construção, o choque elétrico é uma das principais causas de acidentes graves e fatais. Este grave quadro é decorrente da falta de projeto adequado, de dificuldades na execução e na manutenção das instalações elétricas temporárias dos canteiros de obras. As instalações elétricas temporárias em canteiros de obras, na maioria das vezes, são executadas por profissionais não qualificados, gerando com isso situações de extrema gravidade para a segurança dos trabalhadores, dos equipamentos e das instalações.
A redução do quadro atual de acidentes de trabalho envolvendo instalações elétricas necessita da adoção de novos métodos e dispositivos que permitam o uso seguro e adequado da eletricidade, reduzindo o nível de perigo às pessoas, as perdas de energia, os danos às instalações elétricas e aos bens.
O projeto das instalações elétricas temporárias deverá ser elaborado por profissional legalmente habilitado, com recolhimento da Anotação de Responsabilidade
Técnica (ART) e executado por profissional qualificado.
O projeto das instalações elétricas temporárias deverá estabelecer os requisitos
e as condições para implementação de medidas de controle preventivas de forma a
garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores nos canteiros de obras. O projeto
deverá fi car à disposição das autoridades competentes e ser mantido atualizado.
Esta recomendação técnica de procedimentos (RTP) estabelece os métodos
básicos objetivando proteger a integridade física e a saúde dos trabalhadores que
direta ou indiretamente interagem com as instalações elétricas temporárias e as
atividades executadas nos canteiros de obras.
Suas orientações contemplam o planejamento, a organização, a execução,
a manutenção e o controle em conformidade com a NBR 5410 da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), com a Portaria 3.214/78 do Ministério
do Trabalho, Normas Regulamentadoras 10 e 18,  bem como com outras normas
vigentes.RTP-05

CHOQUE ELÉTRICO






2.1 Definição
É o efeito patofisiológico que resulta da passagem de uma corrente elétrica,
chamada de corrente de choque, através do organismo humano, podendo provocar
efeitos de importância e gravidades variáveis, bem como fatais.
2.2 Efeito da corrente elétrica
O efeito da corrente elétrica depende dos seguintes itens:
• Intensidade da corrente;
• Tempo de exposição;
• Percurso através do corpo humano;
• Condições orgânicas do indivíduo.
2.3 Classificação do choque elétrico
a) Contato direto
É o contato de pessoas e animais diretamente com partes energizadas de uma
instalação elétrica.
b) Contato indireto
É o contato de pessoas e animais com partes metálicas (equipamentos) ou
elementos condutores que, por falha de isolação, ficaram acidentalmente energizados.RTP-05
2.4 Percurso da corrente elétrica através do corpo humano
O percurso da corrente elétrica através do corpo humano depende da posição
de contato do indivíduo com a instalação (circuito) energizada ou que venha a
ficar energizada, podendo ser o mais variado possível.RTP-05

2.4.1 Conceitos
Limiar de percepção
É a menor corrente que sensibiliza o corpo humano.
Tetanização
É a paralisia muscular provocada pela circulação de correntes elétricas através
dos tecidos nervosos que controlam os músculos.
Parada respiratória
Ocorre quando são envolvidos na tetanização os músculos peitorais, bloqueando os pulmões e parando a função vital de respiração.

Asfixia

Contração de músculos ligados à respiração e/ou paralisia dos centros nervosos
que comandam a função respiratória causadas por correntes elétricas superiores ao
limite de largar. Se a corrente elétrica permanece, o indivíduo perde a consciência
e morre sufocado.
Fibrilação ventricular
Se a corrente elétrica atinge diretamente o músculo cardíaco, poderá perturbar
seu funcionamento regular. Os impulsos periódicos, que em condições normais
regulam as contrações (sístole) e as expansões (diástole), são alterados e o coração
vibra desordenadamente.
Queimadura por choque elétrico
A passagem da corrente elétrica pelo corpo humano gera calor produzindo
queimaduras, cuja gravidade depende da intensidade e do tempo de contato com
a corrente elétrica. Em altas tensões, os efeitos térmicos produzem destruição de
tecidos superficiais e/ou profundos, artérias, centros nervosos, além de causar
hemorragias. RTP-05
2.5 Efeitos fisiológicos diretos da eletricidade

 INTENSIDADE EFEITO CAUSAS

 1 a 3 mA Percepção A passagem da corrente provoca
   formigamento. Não existe perigo.
3 a 10 mA Eletrização A passagem da corrente provoca
   movimentos.
10 mA
Tetanização
 A passagem da corrente provoca
   contrações musculares,
   agarramento ou repulsão.
25 mA Parada Respiratória A corrente atravessa o cérebro.
25 a 30 mA Asfixia A corrente atravessa o tórax.
60 a 75 mA Fibrilação Ventricular A corrente atravessa o coração.
2.6 Efeitos fisiológicos indiretos da eletricidade
 EFEITO CAUSAS
 Transtornos Cardiovasculares  O choque elétrico afeta o ritmo cardíaco: infarto, taquicardia etc...
Queimaduras Internas  A energia dissipada produz queimaduras internas: coagulação, carbonização.
Queimaduras Externas  Produzidas por arco elétrico a 4000ºC.
Outros Transtornos  Conseqüências da passagem  Auditivo, ocular  da corrente  nervoso, renalRTP-05

TIPOS DE PROTEÇÃO
CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS

Existem duas formas de proteção contra choques elétricos. Lembramos que  a medida de proteção prioritária contra choques elétricos é a desenergização elétrica:

• Proteção contra contatos diretos
• Proteção contra contatos indiretos
3.1 Proteção contra contatos diretos
Os trabalhadores devem ser protegidos contra os perigos que possam resultar
de um contato com partes vivas da instalação, tais como condutores nus ou descobertos, terminais de equipamentos elétricos etc.
A proteção contra contatos diretos deve ser assegurada por meio de:RTP-05

• Isolação das partes vivas;
• Barreiras ou invólucros;
• Obstáculos;
• Colocação fora de alcance.
3.1.1 Isolação das partes vivas
É destinada a impedir todos os contatos com as partes vivas da instalação
elétrica através do recobrimento total por uma isolação que somente possa ser
removida através de sua destruição.
As isolações dos componentes de uma instalação elétrica têm um papel fundamental na proteção contra choques elétricos.
Tipos de isolações:
• Básica: aplicada às partes vivas para assegurar um mínimo de proteção.
Ex: Isolação com fi ta isolante.
• Suplementar: destinada a assegurar a proteção contra choques elétricos no
caso de falha da isolação básica.
Ex: Isolamento com fi ta isolante complementada por mangueira isolante.RTP-05

• Dupla: composta por isolação básica e suplementar.
Ex: Cabo com dupla isolação.
• Reforçada: aplicada sobre partes vivas, tem propriedades equivalentes às
da isolação dupla.
O recobrimento total por uma isolação deverá ter as mesmas características
do isolamento original do cabo.
3.1.2 Barreiras ou invólucros
São destinados a impedir todos os contatos com as partes vivas da instalação
elétrica, sendo que as partes vivas devem estar no interior de invólucros ou atrás
de barreiras.
Para instalação de barreiras ou invólucros, a rede elétrica deverá ser desligada.
3.1.3 Obstáculos
São destinados a impedir os contatos diretos acidentais com partes vivas,  sendo instalados em compartimentos cujo acesso é permitido somente a pessoas autorizadas. RTP-05

3.1.4 Colocação fora de alcance
É destinada a impedir os contatos acidentais, consistindo em instalar os condutores energizados a uma altura/distância que fi que fora do alcance do trabalhador, das máquinas e dos equipamentos.
3.2 Proteção contra contatos indiretos
Os trabalhadores devem ser protegidos contra os perigos que possam resultar de um contato com massas colocadas acidentalmente sob tensão através do desligamento da fonte por disjuntor ou fusível rápido ou desligamento da fonte por um dispositivo à corrente diferencial - DR.
3.2.1 Dispositivo à corrente diferencial-residual (DR)
Os dispositivos à corrente diferencial-residual (DR) constituem-se no meio mais eficaz de proteção das pessoas e animais contra choques elétricos. Estes dispositivos permitem o uso seguro e adequado da eletricidade, reduzindo o nível de perigo às pessoas, as perdas de energia e os danos às instalações, porém sem dispensar outros elementos de proteção (disjuntores, fusíveis etc.). A sua aplicação
é específica na proteção contra a corrente de fuga.RTP-05

Gráfico com zonas tempo x corrente e os efeitos sobre as pessoas
IEC 479-1
Zona   1
Nenhum efeito perceptível
Zona   2
Efeitos fisiológicos geralmente não danosos
Zona   3
Efeitos fisiológicos notáveis (parada cardíaca, parada respiratória, contrações musculares), geralmente reversíveis
Zona   4
Elevada probabilidade de efeitos fisiológicos graves e irreversíveis (fibrilação cardíaca,
parada respiratória
Zona   5 6
Faixas de atuação dos Dispositivos DR ou Disjuntores DR
3.2.1.1 Princípio de funcionamento
Os dispositivos DR podem ser divididos em três partes:
a) transformador toroidal;
b) disparador para conversão de uma grandeza elétrica em uma ação mecânica;
c) mecanismo móvel com os elementos de contato.RTP-05

O princípio de funcionamento destes dispositivos é decorrente da aplicação da lei
de Kirchhoff, ou seja, em uma instalação sem defeito, a soma geométrica das correntes
nos condutores de fase e neutro é nula. Logo, o campo magnético gerado é nulo e
a tensão induzida no secundário do transformador também será nula, não havendo,
portanto, grandeza elétrica residual para conversão numa ação mecânica.
A detecção dessa diferença é feita por um núcleo ferromagnético que envolve os
condutores (menos o condutor PE) e que tem um enrolamento, no qual, em condições
normais, não circula nenhuma corrente. Se houver uma diferença entre as correntes
de entrada e de saída, surgirá uma tensão entre os terminais desse enrolamento, que
acionará um eletroímã, que por sua vez abrirá o circuito principal. A corrente convencional de atuação do DR é representada por I∆n. Um DR de corrente nominal
de 30mA oferece proteção contra contatos indiretos e, se a corrente nominal for
me nor ou igual a 30mA, oferecerá proteção também contra choques diretos.
3.2.1.2 Descrição
Os dispositivos à corrente diferencial-residual são aqueles capazes de detectar a corrente diferencial-residual de um circuito elétrico, provocando o seccionamento automático do mesmo, no caso desta corrente ultrapassar o valor especificado de atuação do dispositivo DR, isto é, a corrente diferencial residual nominal de atuação.
Estes dispositivos asseguram a proteção contra tensões de contato perigosas
provenientes de:RTP-05
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• Defeitos de isolamento em aparelhos ligados à terra;
• Contatos indiretos com o terra da instalação ou parte dela;
• Contatos indiretos com partes ativas da instalação;
• Curto-circuito com a terra cuja corrente atinge o valor nominal – “proteção
contra incêndio”.

3.2.2 Esquema de aterramento TT

O esquema de aterramento utilizado em canteiros de obras é o TT. Nesse esquema de aterramento existe um ponto de alimentação (geralmente o secundário do transformador com seu ponto neutro) diretamente aterrado, estando as massas da instalação ligadas a um eletrodo de aterramento, independentemente do eletrodo de aterramento da alimentação, provido de uma proteção complementar a ser
instalado nas derivações da instalação (circuitos terminais), utilizando dispositivo
à corrente diferencial-residual (DR) para a proteção contra contatos indiretos por
seccionamento automático.

3.2.2.1 Aterramento elétrico

Aterramento elétrico é a ligação intencional com a terra, isto é, com o solo, considerado um condutor através do qual a corrente elétrica pode fluir, difundindose. Toda instalação ou peça condutora que não faça parte dos circuitos elétricos, mas que, eventualmente, possa ficar sob tensão, deve ser aterrada, desde que esteja em local acessível a contatos.
É recomendável utilizar o aterramento constante do projeto elétrico definitivo para as instalações elétricas temporárias. O condutor de aterramento deverá estar disponível em todos os andares, em todos os quadros de distribuição.RTP-05
22

3.2.2.2 Sistema de aterramento

É o conjunto de condutores, hastes e conectores interligados, circundados por
elementos que dissipam para a terra as correntes impostas nesse sistema.
Os principais tipos de sistema de aterramento são:
1. Apenas uma haste cravada no chão;
2. Hastes dispostas triangularmente;
3. Hastes em quadrado;
4. Hastes alinhadas;
5. Placas metálicas enterradas no solo;
6. Fios ou cabos enterrados no solo, formando várias confi gurações:
 • quadrado formando uma malha de terra
 • em cruz
 • estendido em vala
 • em estrela
7. Eletrodos de fundação / encapsulados em concreto.
 O projeto do sistema de aterramento deve ser desenvolvido de acordo com
normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Um sistema de aterramento deve ser composto das seguintes etapas:
1. Definir o local de aterramento;
2. Efetuar medições de resistividade no local defi nido;
3. Fazer a estratifi cação do solo.
O sistema de aterramento deve ser sempre dimensionado, levando em conta
a segurança das pessoas e a sensibilidade dos equipamentos.
A manutenção do sistema de aterramento deve ser executada com periodicidade para evitar a corrosão e a oxidação de seus componentes. O projeto deve
ser elaborado por profissional legalmente habilitado e executado por trabalhador
qualifi cado.  RTP-05
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 Tipo de eletrodo Dimensões mínimas Observações
Tubo de aço zincado  2,40m de comprimento  Enterramento totalmente
  e diâmetro nominal a 25mm  vertical
 Perfi l de aço zincado Cantoneira de (20mm x 20mm x 3mm) Enterramento totalmente
  com 2,40m de comprimento  vertical
 Haste de aço zincado Diâmetro de 15mm com 2m  Enterramento totalmente
  ou 2,40m de comprimento vertical
 Haste de aço revestida Diâmetro de 15mm com 2m Enterramento totalmente
 de cobre ou 2,40m de comprimento   vertical
 Haste de cobre Diâmetro de 15mm com 2m  Enterramento totalmente
  ou 2,40m de comprimento vertical
 Fita de cobre 25mm2
 de secção, 2mm de
Profundidade mínima de
  espessura e 10m de comprimento
0,60m. Largura na
   
posição vertical
 Fita de aço galvanizado 100mm2
 de secção, 3mm de
Profundidade mínima de
  espessura e 10m de comprimento
0,60m. Largura na
   
posição vertical
 Cabo de cobre 25mm2
 de secção e 10m
Profundidade mínima de
  de comprimento
0,60m. Largura na
   
posição horizontal
 Cabo de aço zincado 95mm2
 de secção e 10m Profundidade mínima de
  de comprimento 0,60m. Largura na
   posição horizontal
 Cabo de aço cobreado 50mm2
 de secção e 10m Profundidade mínima de
   de comprimento 0,60m. Largura na
   posição horizontal
Exemplo:
• haste: de aço cobreado;
• comprimento: 2m ou 2,40m;
• secção: cilíndrica com diâmetro de 15mm;
• condutor: cobre, preferencialmente nu.RTP-05
24
3.2.2.3 Secção mínima do condutor de proteção
 Secção dos condutores fase  Secção mínima do condutor
 da instalação S(mm2
) de proteção correspondente - Sp(mm2
)
 S<16 Sp = S
 16<S=35 S=16
 S>35 Sp = S/2
OBSERVAÇÕES
1 – A secção de qualquer condutor de proteção que não faça parte do mesmo
cabo ou do mesmo invólucro que os condutores vivos deve ser, em qualquer caso,
não inferior a:
a) 2,5mm2
 se possuir proteção mecânica;
b) 4,0mm2
 se não possuir proteção mecânica.
2 – Na conexão do condutor de proteção com a massa, a mesma não poderá
ter materiais isolantes (ex.: tinta).
3 – A parte superior da haste deve situar-se a uma profundidade de, no mínimo,
0,5m (cinqüenta centímetros), a fi m de evitar possíveis danos externos.
3.2.2.4 Conexão dos eletrodos
• Dispositivos mecânicos
• Solda exotérmica
• Conexões por compressão

 Apesar de apresentarem problemas de corrosão, quando devidamente protegidos, têm desempenho satisfatório, tendo como principal vantagem a fácil desconexão, a facilidade de instalação e de serem encontrados nas lojas do ramo.

Ideal para as ligações diretas ao solo por se tratar de conexão permanente. Elimina problemas de corrosão e resistência de contato. Necessita de mão-de-obra especializada para ser executada.

Apresentam baixa resistência de contato, mas não podem ser desconectadas para medição da resistência de aterramento.RTP-05


LOCALIZAÇÃO DOS RISCOS ELÉTRICOS

4.1 Quadros de distribuição
Nos canteiros de obras da indústria da construção, a distribuição de energia
elétrica deve ser feita através dos quadros elétricos de distribuição que, conforme
suas características, podem ser: quadro principal de distribuição, quadro intermediário de distribuição e quadro terminal de distribuição fi xo e/ou móvel.
Os quadros de distribuição devem ser construídos de forma a garantir a proteção dos componentes elétricos contra poeira, umidade, impactos etc., e ter no seu interior o diagrama unifi lar do circuito elétrico.
Serão instalados em locais visíveis, sinalizados e de fácil acesso, não devendo, todavia, localizarem-se em pontos de passagem de pessoas, materiais e
equipamentos.
Os materiais empregados na construção dos quadros devem ser incombustíveis e resistentes à corrosão.
Quando as carcaças dos quadros de distribuição forem condutoras, devem ser
devidamente aterradas, conforme recomendação do item 3.2.2.1 desta recomendação técnica de procedimentos.
Os quadros de distribuição devem ter sinalização de advertência, alertando sobre os riscos presentes naquele local.
QPD
QID 2
QTD 1
QID 1 QID n
QTD 2 QTD 3 QTD nRTP-05
26

4.1.1 Quadro principal de distribuição

Destinado a receber energia elétrica alimentada pela Rede Pública da concessionária.
A área do quadro principal de distribuição deve ser isolada por anteparos
rígidos, devidamente sinalizados, de forma a garantir somente o acesso de trabalhadores autorizados. Essa área deve estar permanentemente limpa, não sendo
permitido o depósito de materiais no seu interior.
4.1.2 Quadros intermediários (divisórios)
É destinado a distribuir um ou mais circuitos a quadros terminais.

fonte: http://www.fundacentro.gov.br/ARQUIVOS/PUBLICACAO/l/RTP%2005.pdf







18.21 Instalações Elétricas CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO




NR 18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

18.21 Instalações Elétricas

18.21.1 A execução e manutenção das instalações elétricas devem ser realizadas por trabalhador qualificado, e a supervisão por profissional legalmente habilitado.
18.21.2 Somente podem ser realizados serviços nas instalações quando o circuito elétrico não estiver energizado.
18.21.2.1 Quando não for possível desligar o circuito elétrico, o serviço somente poderá ser executado após terem sido adotadas as medidas de proteção complementares, sendo obrigatório  o uso de ferramentas apropriadas e equipamentos de proteção individual.
18.21.3 É proibida a existência de partes vivas expostas de circuitos e equipamentos elétricos.
18.21.4 As emendas e derivações dos condutores devem ser executadas de modo que assegurem a resistência mecânica e contato elétrico adequado

18.21.4.1 O isolamento de emendas e derivações deve ter característica equivalente à dos condutores utilizados.
18.21.5 Os condutores devem ter isolamento adequado, não sendo permitido obstruir a  circulação de materiais e pessoas.
18.21.6 Os circuitos elétricos devem ser protegidos contra impactos mecânicos, umidade e agentes corrosivos.
18.21.7 Sempre que a fiação de um circuito provisório se tornar inoperante ou dispensável, deve ser retirada pelo eletricista responsável.
18.21.8 As chaves blindadas devem ser convenientemente protegidas de intempéries e instaladas em posição que impeça o fechamento acidental do circuito.
18.21.9 Os porta-fusíveis não devem ficar sob tensão quando as chaves blindadas estiverem na posição aberta.
18.21.10 As chaves blindadas somente devem ser utilizadas para circuitos de distribuição, sendo proibido o seu uso como dispositivo de partida e parada de máquinas.
18.21.11 As instalações elétricas provisórias de um canteiro de obras devem ser constituídas de:
a) chave geral do tipo blindada de acordo com a aprovação da concessionária local, localizada no quadro principal de distribuição.
b) chave individual para cada circuito de derivação;
c) chave-faca blindada em quadro de tomadas;
d) chaves magnéticas e disjuntores, para os equipamentos.
18.21.12 Os fusíveis das chaves blindadas devem ter capacidade compatível com o circuito a proteger, não sendo permitida sua substituição por dispositivos improvisados ou por outros fusíveis de capacidade superior, sem a correspondente troca da fiação.
18.21.13 Em todos os ramais destinados à ligação de equipamentos elétricos, devem ser instalados disjuntores ou chaves magnéticas, independentes, que possam ser acionados com facilidade e segurança.
18.21.14 As redes de alta-tensão devem ser instaladas de modo a evitar contatos acidentais com veículos,
equipamentos e trabalhadores em circulação, só podendo ser instaladas pela concessionária.
18.21.15 Os transformadores e estações abaixadoras de tensão devem ser instalados  em local isolado, sendo permitido somente acesso do profissional legalmente habilitado ou trabalhador qualificado.
18.21.16 As estruturas e carcaças dos equipamentos elétricos devem ser eletricamente aterradas.
18.21.17 Nos casos em que haja possibilidade de contato acidental com qualquer parte viva energizada, deve ser adotado isolamento adequado.  18.21.18 Os quadros gerais de distribuição devem ser mantidos trancados, sendo seus circuitos identificados.
18.21.19 Ao religar chaves blindadas no quadro geral de distribuição, todos os equipamentos devem estar
desligados.
18.21.20 Máquinas ou equipamentos elétricos móveis só podem ser ligados por intermédio de conjunto de plugue e tomada.

sábado, 22 de dezembro de 2012

Operação e Manutenção das Betoneira



AM  LOCADORA

Andaimes, Escoras Metálicas, Maquinas e Equipamentos. 

Manual do Locatário

BETONEIRA CSM 400 RETAL

Instruções para Instalação, Operação e Manutenção.

 

Betoneiras de cuba basculante: CSM Retal 400 litros de capacidade, motor VOGES 3cv são de fácil operação e requerem os seguintes cuidados:

Lavar diariamente após o uso, deixando a máquina aproximadamente 30 minutos batendo com pedra nº 1 ou 2 e água para a limpeza interna do tambor.


LIMPEZA DA BETONEIRA

Antes de efetuar qualquer limpeza assegura-se que a Betoneira esteja desligada e o cabo de alimentação desligada da rede elétrica.

Após o uso efetue a remoção de todo material e lave com água todo equipamento, principalmente o tambor, mantendo-o de boca para baixo.

Nunca bata no tambor com ferramenta que possa danificar a betoneira

Conservar os bicos de lubrificação a cremalheira, o pinhão e a engrenagem do volante sempre livre de impurezas e sempre bem engraxados a cada 40 horas de uso

Nunca colocar os agregados (areia, pedra, cimento, água) com a máquina parada, sempre com o motor ligado. Para um bom funcionamento do equipamento, o mesmo só poderá trabalhar com a base nivelada.

Conforme a NR18 (18.21.1) “A execução e manutenção das instalaçõeselétricas, devem ser realizadas por trabalhador qualificado e a supervisão porprofissional legalmente habilitado”.

A ligação elétrica deve ser feita por intermédio de conjunto tomada / plug macho, ou terminais elétricos com proteção adequada de isoladores e fita isolante.

Assegure-se que a voltagem da rede é a mesma do equipamento. O cabo de ligação e possíveis extensões deverão ser compostos por cabos de condução elétrica com proteção mecânica, do tipo PP, com 03 pernas, sendo 2 para as fases e 1 para o terra, com bitola mínima de 2,5 mm.

O cabo de ligação deverá ser inteiriço, sem emendas, de modo a não haver correntes de fuga.

O circuito de ligação deverá ser protegido por interruptor de corrente de fuga.

O fio terra deverá estar ligado a um terminal terra que garanta uma resistência máxima de 10 W (Ohms).

Cuidado especial deverá ser tomado quanto à queda de fases, pois a falta de uma delas danificará o motor.

Eletricista Qualificado deverá ainda verificar se o sentido da rotação está correto, caso contrário, deverá providenciar a inversão de uma das fases.


MANUTENÇÃO, ASSISTÊNCIA TÉCNICA E SEGURO.

A manutenção do equipamento do presente contrato é de total responsabilidade do locatário

Ao LOCADOR cabe manter o(s) equipamento(s) em perfeitas condições de uso e avisar imediatamente ao LOCATÁRIO sobre eventuais problemas que impeçam o seu adequado funcionamento, para que esta tome as providências cabíveis. 


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