sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL TERÁ CRESCIMENTO DE 1% OU, NO MÁXIMO, 2%. EM 2015

SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL TERÁ 

CRESCIMENTO DE   1% OU, NO MÁXIMO,

 2%. EM 2015

As previsões para o novo ano são “negativas” e entre os fatores que influenciam a falta de investimentos dos empresários está a falta de pagamento das obras do Minha Casa, Minha Vida 


A perspectiva de empresários e representantes do setor da construção civil do Amazonas para o ano de 2015 não é positiva. A expectativa do setor é de leve crescimento de 2% ante o ano passado. Mesmo ciente da desaceleração, o empresariado garante que manterá investimentos, mesmo que de forma cautelosa.

Para o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil (Sinduscon-AM), Eduardo Lopes, a previsão do setor para o ano de 2015 é pessimista. Segundo ele, o resultado do ano passado será divulgado apenas em fevereiro, mas acredita que não alcançará a meta de 2%.

“Só saberemos se houve crescimento ou não em fevereiro. Mas esse ano foi bem complicado para o setor. E para esse novo ano as perspectivas não são nem um pouco favoráveis. Se houver crescimento, será de 1% ou, no máximo, 2%. Nada mais que isso”, avaliou Lopes.

Ele destacou que, além da crise econômica do país, outros fatores colaboram para que os empresários não invistam em outros empreendimentos. De acordo com o empresário, o governo federal não tem efetuado o pagamento das obras do programa  habitacional Minha casa, Minha vida. Para ele, sem esses recursos os empresários não podem investir em outras obras.
“O governo federal não está pagando os fornecedores de obras que já foram construídas. Logo, se as empresas não recebem os pagamentos dessas obras elas não tem segurança para investir em outros empreendimentos, inclusive empreendimentos particulares. Isso afeta toda a cadeia. Os empresários não estão otimistas”, afirma.
O presidente da construtora e incorporadora Capital Rossi, Pauderley Avelino, também concorda que 2015 será um ano difícil para o setor, mas acredita que é preciso manter investimentos e seguir com estudos sobre formas de atuar no mercado amazonense. “Nós estamos cientes da dificuldade, mas temos planos de negócios e vamos investir em mecanismos para superar a má fase”, salienta.
O empresário conta que a empresa investirá em empreendimentos para as classes A, B e C durante todo o ano de 2015. “Não posso adiantar quantos e nem quais são, mas temos projetos para todo o próximo ano e para todas as classes”, afirma Avelino.
Cautela
A SKN Incorporadora informa que, mesmo com a desaceleração do setor, ela continuará investindo em novas construções, mas de forma mais cautelosa. “Temos grandes desafios para o próximo ano, assim como o Brasil. Estamos cientes que a economia vem desacelerando e isso nos faz ser mais cautelosos. No entanto, seguiremos com nossos projetos e entregas. As obras, por exemplo, do Soberane seguem em ritmo acelerado e devemos ter mais um lançamento em 2015”, disse o diretor executivo do grupo, Eduardo Han.
Por Alik Menezes (especial Jornal EM TEMPO)