sábado, 25 de janeiro de 2020

Investimentos em infraestrutura 2020

Investimentos em infraestrutura vão crescer em 2020

Analistas e empresários garantem, porém, ser preciso fazer mais para corrigir os gargalos que impedem uma retomada maior da economia

Depois de classificar 2019 como um ano “interessante demais” para a infraestrutura brasileira, com a venda de 27 ativos, o ministro da pasta, Tarcísio Gomes de Freitas, disse que 2020 será ainda melhor.
O Ministério da Infraestrutura prevê arrecadação de R$ 101 bilhões com 44 leilões de ferrovias, rodovias e aeroportos.
Um estudo da Inter.B Consultoria também projeta uma melhora dos investimentos na área no ano.

O economista Claudio Frischtak, sócio da Inter.B, estima que o valor investido em infraestrutura pode ficar entre 2,2% e 2,3% do PIB em 2020 – um aumento de cerca de R$ 25 a R$ 30 bilhões a mais na comparação com o ano passado, quando o investimento foi de 1,87%.
Ele ressalta, no entanto, que a maior parte desse dinheiro deve vir do setor privado.
“A nossa situação de crise fiscal, que afeta tanto o governo federal quanto estaduais e municipais, não leva a uma perspectiva de que os aumentos dos investimentos no setor serão por obra de investimentos públicas. Na realidade, hoje, 2/3 dos investimentos já são privados. Daqui pra frente a tendência é de que os investimentos privados sejam mais dominantes.”
O presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e da Indústria de Base (Abdib), Venilton Tadini, reforça o otimismo do setor para 2020.
“Nós temos uma situação macroeconômica de relativa estabilidade em termos de câmbio, juros, de preços estabilizados. E também do ponto de vista das contas públicas. Isso logicamente transforma um ambiente para retomar investimentos em projetos de médio e longo prazo de maturação.”
Para Venilton, da Abidib, os maiores aportes devem acontecer na área de transporte e logística.
Os analistas e empresários garantem, porém, ser preciso fazer mais para corrigir os gargalos que impedem um retomada maior da economia.
Segundo o economista Claudio Frischtak, o ideal é que o Brasil invista cerca de 4,2% do PIB em infraestrutura durante 20 anos seguidos.
Frischtak garante que esse seria o valor mínimo necessário para o que país alcance o padrão mínimo de bem-estar da população e esteja em um patamar de competitividade com outras nações.



Fonte: Jovem Pan/Revista Grandes Construções

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Construção civil tende a liderar a retomada







As perspectivas para a construção civil são favoráveis, pois há um número
elevado de projetos aprovados
As expectativas e os indicadores da construção civil mostram uma tendência
cada vez mais positiva.
Depois de o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmar
que a construção civil é “uma das alavancas do crescimento”, a Sondagem da
Construção de dezembro da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e do Instituto
Brasileiro de Economia (Ibre) registra a maior pontuação desde junho de
2014.
A esses fatores se acresce o fato de que a construção civil foi o setor que
mais criou empregos formais em 2019, com alta de 5,93% em relação a dezembro
de 2018, equivalente a 117,2 mil vagas com carteira assinada.
O Índice de Confiança da Construção (ICST) da FGV subiu 3,3 pontos entre
novembro e dezembro e atingiu 92,3 pontos, situando-se num nível cada vez
mais próximo da marca de 100 pontos que separam as faixas positiva e
negativa do indicador.
A coordenadora de Projetos da Construção da FGV Ibre, Ana Maria Castelo,
notou que a melhora ocorreu apesar da “paralisação de obras do Minha Casa
Minha Vida (MCMV)”, programa habitacional destinado à população de baixa
renda.
Um dos componentes do ICST, o Indicador de Situação Atual (ISA), “ainda não
recuperou o patamar do final de 2014, mas registrou uma melhora expressiva
no segundo semestre (de 2019), o que corrobora as projeções de que em 2019 o
setor terá encerrado um ciclo de cinco anos de retração”, enfatizou Ana
Castelo.
O nível de utilização da capacidade subiu 1,4 ponto porcentual, mas ainda se
limita a 71,9%.
É, portanto, elevado o patamar de ociosidade da construção civil, o que
tornará mais rápida uma recuperação baseada na utilização da maquinaria
disponível.
Houve melhora não só do ISA, mas do indicador de expectativas (IE), que
alcançou a marca de 102,2 pontos em dezembro, ou seja, no campo positivo do
levantamento.
As perspectivas para a construção civil são favoráveis, pois há um número
elevado de projetos aprovados, recursos disponíveis para incorporadores e
para mutuários finais e disposição dos bancos de ampliar suas carteiras de
crédito imobiliário.
Fonte: Terra/Revista M&

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Construção civil deve crescer 3% e gerar 150 mil empregos em 2020


Estimativa é da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, uma das entidades do setor que preveem maior crescimento neste ano



O setor de construção civil abre o ano de 2020 com perspectivas de crescimento, segundo as principais entidades do segmento. Para a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), o setor deve crescer 3% neste ano. Segundo o presidente José Carlos Martins, isso representa um potencial para criação de 150 mil a 200 mil postos de trabalho formais até dezembro.
Caso a estimativa se confirme, será superada a marca de 2019, que deve ficar próxima dos 100 mil postos de trabalho, com avanço de 2% - os números relativos ao ano passado ainda não foram fechados.
Para as entidades, o setor aproveita um melhor momento da economia e consegue apresentar melhora após anos de desempenho ruim.
O Sinduscon (Sindicato da Construção de São Paulo) também estima um crescimento de 3% em 2020. A expectativa era que o PIB (Produto Interno Bruto) da construção brasileira fechasse 2019 com um crescimento de 2% na comparação com 2018, interrompendo uma série de 5 anos de quedas.
O presidente da entidade, Odair Senra, afirma que “a percepção é de que a crise do setor ficou para trás”.
Para 2020, a projeção indica que o segmento de autoconstrução e reformas seguirá liderando a recuperação. O setor de edificações residenciais aumentará o ritmo de crescimento, impulsionando o segmento de serviços especializados, enquanto as obras de infraestrutura devem seguir mantendo um ritmo lento de recuperação.
Minha Casa Minha Vida
Um ponto de interrogação do setor é o programa Minha Casa Minha Vida, que deve sofrer alterações e ganhar até um novo nome em 2020. As entidades afirmam que têm preocupação em relação ao programa, considerado um dos pilares do seguimento no país.

No caso das grandes obras de infraestrutura, a previsão ainda é de um crescimento modesto. A expectativa é que diversas licitações aconteçam neste ano, mas que as obras só comecem em 2021.


FONTE: https://noticias.r7.com/economia/construcao-civil-deve-crescer-3-e-gerar-150-mil-empregos-em-2020-06012020